Ciclone Kenneth categoria 4 ameaça Moçambique (2019)

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Matéria publicada em 25 de Abril de 2019. Ciclone Kenneth categoria 4 ameaça Moçambique!

A tempestade mais forte da história das Ilhas Comoros, com uma população de cerca de 1.000.000 de habitantes, o ciclone Kenneth, atingiu a cadeia de ilhas ao largo da costa sudeste da África, com ventos sustentáveis de 85 mph (cerca de 136,794) na manhã desta quarta-feira. A tempestade tropical Kenneth de categoria 1 estava indo para oeste-sudoeste em direção à maior ilha das Comores, com uma população de 316.000 habitantes. Na quinta-feira, a tempestade poderá causar transtornos em Moçambique, que ainda se recupera do catastrófico ciclone tropical Idai, no fim de março, causando mais de 600 mortes e prejuízos superiores a US$ 1 bilhão, sendo o desastre natural mais caro da história. O Kenneth afetará, principalmente, o norte de Moçambique, que tem uma população muito menor do que as partes centrais do país, como foi com o Idai.

KENNETH – CATEGORIA 4

A partir desta quarta-feira, às 14h00 (horário de Brasília), de acordo com o centro de alerta de tufões (JTWC), Kenneth tinha ventos de 115 quilômetros por hora, tornando-se equivalente a um furacão de categoria 3/4. No início desta madrugada de quinta-feira (25/04), a agência emitiu as previsões oficiais para o Oceano Índico Sul, RSMC-La Reunion, colocando os principais ventos do Kenneth com excelente escoamento no nível superior, criando as condições favoráveis ​​para o fortalecimento.

CHUVAS INTENSAS DE ATÉ 32 POLEGADAS”
cerca de (812,8 mm) de chuvas

À medida que Kenneth se aproxima do continente em Moçambique, segundo as projeções da JTWC, prevê que fará landfall entre 12Z e 18Z desta quinta-feira (25/04), em categoria 4/5. Existe risco quando o ciclone atingir a região costeira com o landfall. Não descarta-se o fortalecimento, segundo as projeções. Os dois melhores modelos de intensidade, o HWRF e o COAMPS-TC, prevêem que os ventos, nesta quinta-feira (25/04), poderão atingir facilmente a categoria 4 dos furacões, com ventos sustentáveis entre 150/160 mph, cerca de (241,402 ou 257,495) km/h.

Se o ciclone tropical Kenneth fizer o landfall em categoria 4, a tempestade poderá ser forte e os danos causados ​​pelos ventos, serão uma grande preocupação. Como Kenneth está no hemisfério sul, sua circulação está no sentido horário, que empurrará os ventos mais fortes e a onda de tempestades, para o sul do local de chegada, com fortes impactos sobre as regiões do Parque Nacional das Quirimbas, extremamente povoadas, incluindo o arquipélago das Ilhas Quirimbas.

Chuvas fortes são a principal ameaça.
O Kenneth será uma tempestade muito forte no landfall, mantendo uma parte da sua circulação sobre a água e permitindo, assim, que a tempestade despeje quantidades de chuva potencialmente catastróficas sobre o norte de Moçambique. Poderá até reemergir sobre o oceano neste fim de semana, permitindo a regeneração em um ciclone tropical, trazendo chuvas fortes para o litoral de Moçambique. A corrida da quarta-feira 6Z do modelo HWRF previu que traria um dilúvio de mais de 8” (cerca de 203,2 mm) de chuva, em uma larga faixa do litoral norte de Moçambique, com uma região menor de chuvas acima de 24 polegadas (cerca de 609,6 mm) ou 32 polegadas nos casos extremos (cerca de 812,8 mm), perto de onde o centro vem em terra.

O impacto do ciclone pode atrasar os gigantescos projetos de gás natural Exxon Mobil e Anadarko, planejados para começar a construção na província de Cabo Delgado, no extremo norte de Moçambique, no final deste ano. As inundações extremas de Kenneth também podem causar severas dificuldades em áreas costeiras florestais perto da fronteira entre Moçambique e Tanzânia.

Na última atualização desta quinta-feira, no Kenneth, ReliefWeb observou: “O ciclone tropical Kenneth deverá se tornar apenas o terceiro sistema na era do satélite a evoluir para uma fase de tempestade tropical moderada ou mais alta na área ao norte do canal de Moçambique, segundo a MeteoFrance. Outros dois sistemas envolvidos, Elinah em 1983 e Doloresse em 1996, não alcançaram a costa africana. O ciclone tropical Kenneth, portanto, ameaça uma área onde a população não está acostumada a ciclones”.

Fonte de pesquisa: NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica).