Matéria publicada em 18 de Outubro de 2019. Final de semana de temporais com a chegada da ZCAS!
Fim de semana com chance de ventos fortes e chuvas intensas no sul e sudeste do Brasil, devido à formação de um cavado de superfície, que terá ligeiro aprofundamento no oceano nesta sexta-feira (18/10). Segundo projeções ECMWF e GFS, a subida da massa polar continental será de forma oceânica, podendo manter as temperaturas baixas entre RS, SC, PR, MS. MT, SP, MG, RJ e até o interior do ES. Na região sudeste, as maiores chances de tempestades ficam para SP, MG e RJ, devido ao aquecimento diurno das cidades e na formação de uma depressão subtropical, sinalizada nas próximas 48 horas, que, ainda assim, poderá causar tempestade e risco de tempo severo em alguma regiões, devido ao aquecimento diurno sobre os estados.
Linhas de instabilidades podem produzir CCM (Complexo Convetivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala). Não se descarta chance para formação de “tornados” devido as nuvens convectivas.
Seguiremos os modelos para baixas pressões de núcleo quente, conforme visto nos modelos da NOAA, (17/10), 18Z. Acreditamos que este posicionamento pode gerar alguns conflitos de opiniões sobre as condições atmosféricas nos próximos dias. Em caso de confirmação, devem ter cuidado para as condições atmosféricas e dos riscos que este tipo de sistema pode produzir. A presença da massa polar oceânica poderá causar queda nas temperaturas entre o sul ao sudeste.
ATENÇÃO!
Nesta sexta-feira, 18/10, o canal de umidade, ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) poderá causar transtornos nos estados do RS, SC e PR. O escoamento da ZCAS avançará para o oceano associada a formação da depressão subtropical. Existe risco para enchentes, inundações e deslizamentos de encostas, devido aos grandes volumes de chuvas. Até a madrugada, ocorrerão chuvas fortes acompanhadas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo.
O tempo seguirá instável no centro-sul do continente. Entre o norte do Uruguai, Rio Grande do Sul e nordeste da Argentina, as áreas de instabilidades atingirão o centro-norte do Rio Grande do Sul, sul e oeste de Santa Catarina, oeste do Paraná e extremo sul do Mato Grosso do Sul. Há divergência em algumas projeções para pancadas de chuva de até 150 mm entre o Mato Grosso, sul do Pará, Tocantins e sul do Maranhão. De forma mais isolada, ocorrerão também pancadas de chuva sobre o Amazonas, Acre, Rondônia e oeste do Mato Grosso do Sul.
ACUMULADOS DE CHUVAS, riscos potenciais:
Chuva entre 50 a 100 mm/h ou 100 a 200 mm/dia. Risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamentos de rios, em cidades com tais áreas de risco.
Instruções:
Evite enfrentar o mau tempo.
Observe alteração nas encostas.
Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Em caso de situação de inundação, ou similar, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
TEMPO SEVERO, riscos potenciais para tornados:
Chuva entre 100 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (a partir 117 Km/h), e queda de granizo. Risco para destelhamentos de casas, queda de árvores e postes quebrados, e alagamentos.
Instruções:
– Em caso de rajadas de vento: (não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda).
– Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Estimativas para a semana de (18 a 23/10/2019):
Na quinta-feira, (17/10): o tempo, em boa parte do sudeste, foi de muito sol e calor. No período da tarde, ocorreram pancadas de chuvas isoladas em alguns pontos de SP. No RJ, as temperaturas chegaram aos 40º graus em plena primavera. No sul do Brasil, ocorreram tempestades fortes em algumas regiões do RS, SC e PR, associadas à formação do cavado de superfície com 1008 hPa e suporte do JBN (Jato de Baixos Níveis) sobre o Oceano Atlântico Sul.
Sexta-feira (18/10): no RJ, durante a madrugada, céu limpo com pouca nebulosidade sobre a cidade. Segundo as projeções, existe uma expectativa de, até o final da tarde, áreas de instabilidades se formarem ao longo do dia, devido à formação do cavado de superfície no sul do Brasil, que poderá ocasionar em TEMPO SEVERO entre os estados, associadas ao aquecimento diurno. A ZCAS se intensificará entre o Paraguai, Argentina, sul do Brasil e parte do centro-oeste, com possibilidade de chuvas intensas, acompanhadas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo. No sudeste, principalmente em SP, núcleos de CCM isolados poderão ocasionar TEMPO SEVERO em alguns municípios com risco para formação de tornados, devido às nuvens convectivas. Não se descarta possibilidade para formação de CCM (Complexo Convectivo Mesoescala ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala). Até a madrugada, o cavado avançará para o oceano.
A ASAS (Alta Subtropical do Atlântico Sul) com 1020 hPa. No período da tarde, temporais ocorrerão entre os estados do RS, SC, PR e SP, de forma isolada, associados ao desfile de cavados. No final do dia, cavado com 1001 hPa, baixa pressão, se aprofundará no oceano, ocasionando ventos costeiros moderados e agitação marítima afastados da costa.
ATENÇÃO, ZCAS
Sábado (19/10): A ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) contribuirá para tempestades generalizadas entre os países vizinhos do Paraguai e os estados brasileiros do MS, SC, PR, SP e RJ. O ciclone se aprofunda no oceano, com 994 hPa. Divergência de opiniões quanto a origem podem gerar conflitos. Seguiremos os modelos americanos da NOAA, de 48 horas, publicados no dia 17/10. O ciclone, depressão subtropical, se afastará do continente. Modelo GFS de anomalia em 850 hPa indica a subida gradativa desta baixa pressão pro sudeste. A ZCAS estará com seu escoamento no oceano associado à depressão. Chuvas intensas poderão causar transtornos em vários estados, com possibilidade para enchentes, inundações e deslizamentos de encostas, devido aos grandes volumes de chuvas, segundo as projeções.
ATENÇÃO! Subida da massa polar continental poderá ocasionar em quedas de temperaturas entre os estados do sul e sudeste. Devido ao calor diurno das cidades e manutenção do JBN (Jato Baixos Níveis), não se descartam novos episódios de tornados entre os estados. Nuvens convectivas poderão ocasionar em TEMPO SEVERO.
ATENÇÃO! ZCAS e DEPRESSÃO:
Domingo (20/10): Divergências nos modelos GFS, GEM, NAVAGEM e ECMWF. Risco para ventos costeiros permanecem, com chance de chuvas intensas devido ao ciclone de superfície, depressão, que se aprofunda no oceano, afastado da costa. Maiores chances para o interior dos estados do RS, SC, PR, SP e RJ (médio paraíba, serrana, região dos lagos e norte do Estado). Ingresso da massa polar oceânica poderá causar temperaturas baixas entre os estados e litoral. Ainda na madrugada, o ciclone bem mais afastado do continente, começa a se desconfigurar no meio do oceano. Mas persistem as projeções de que as chuvas deverão ser intensas, acompanhadas de descargas elétricas e vendavais de 100 km/h e queda de granizo. Linhas de Instabilidades (LI) associadas às CCMs (Complexo Convetivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala). Não se descarta chance para formação de “tornados” devido às nuvens convectivas.
ATENÇÃO SUDESTE, ZCAS!
Segunda-feira (21/10): Divergências nos modelos GEM, NAVAGEM e CMC. A ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul), associada ao ciclone bem afastado do continente, pode gerar problemas em vários estados devido aos grandes volumes de chuvas, ocasionando em TEMPO SEVERO durante o dia em todo o sul, centro-oeste e sudeste. A depressão ou cavado, até a madrugada, começará a se desconfigurar. A ZCAS ainda persistirá com possíveis transtornos em MG, ES e BA, devido à formação de grandes aglomerados de nuvens do tipo Cumulonimbus, que ainda podem gerar tempestades durante a madrugada. Lembrando que, em 2017, os ventos na atmosfera mudaram e alguns modelos (quando o final de semana se aproxima), às vezes se alteram minimizando essas projeções. Por desencargo de consciência, citamos os riscos por que a ZCAS está formada e todas as considerações devem ser relevadas, em se tratando do canal de umidade da Amazônia.
Projeções CMC, GFS e GEM sugerem pancadas de chuvas INTENSAS, acompanhadas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo associados ao calor e à umidade. Linhas de Instabilidades (LI) associadas às CCMs (Complexo Convectivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala). Não se descarta chance para formação de “tornados” devido às nuvens convectivas.
PROJEÇÕES FUTURAS – ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul)
Terça (22/10) e quarta-feira (23/10): Divergências nos modelos GFS, GEM, NAVAGEM e ECMWF. Aquele ciclone entra em dissipação no oceano Atlântico Sul. Outra projeção indica nova área de baixa pressão. Possível cavado de média troposfera, próximo à região costeira do sul do Brasil, associada à ZCAS, poderá causar transtornos em todo o centro-oeste e sudeste do Brasil, com possíveis impactos devido ao canal de umidade da Amazônia que se fortalece. Segundo as projeções, em caso de confirmação deste modelos, não se descarta chance para inundações, enchentes e deslizamentos de encostas devido aos grandes acumulados de chuvas previstos em alguns modelos americanos.
Projeções CMC, GFS e GEM sugerem pancadas de chuvas INTENSAS acompanhadas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo associados ao calor e à umidade. Linhas de Instabilidades (LI) associadas às CCMs (Complexo Convetivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala). Não se descarta chance para formação de “tornados” devido às nuvens convectivas.
Fonte de pesquisa:
NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), GFS, GEM, NAVAGEM, CMC, INCO, INPE e INMET.