A semana começará com temporais sobre os estados do norte, sul e sudeste, relacionados ao corredor de umidade da Amazônia, ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul). As condições atmosféricas serão de TEMPO SEVERO em parte do sul, centro-oeste, sudeste e parte do nordeste, ocasionando tempestades fortes. Áreas de instabilidades e formação do ciclone até madrugada de 04/02/2021. Segundo os modelos americanos e europeus, GFS, ICON, NAVAGEM, CMC e ECMWF , sugerem a formação de um ciclone de origem subtropical, e não bomba.
Nota-se perturbações na troposfera média com suporte do JBN (Jato Baixos Níveis), associadas à formação de cavados por dentro do país, que deverão resultar em pancadas de chuvas localmente fortes, acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento acima de 100 km/h e queda de granizo.
Lembrando que LI (linhas de instabilidades) podem ocasionar, nos casos mais severos, formação de tornados. Não se descarta a possibilidade para formação de CCM (Complexo Convectivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala).
Relembrando os fatos: Em Junho de 2020, um sistema de baixa pressão do mesmo estilo, ocasionou muitos prejuízos para 27 municípios entre o PR até o RS num único dia, com ocorrência de vários tornados.
ATENÇÃO! MODELO GFS-NOAA!
MODELOS NOAA – SISTEMAS DE ORIGEM SUB/TROPICAL
Sistemas meteorológicos especiais como furacões, tufões ou os ciclones tropicais, subtropicais e extratropicais costumam ser “batizados” pelos centros de monitoramento meteorológicos internacionais. Nos Estados Unidos, por exemplo, é o Centro Nacional de Furacões (NHC) que dá nome aos furacões.
No Brasil, quem batiza os sistemas meteorológicos especiais que se formam na costa brasileira é a Marinha. Os nomes são geralmente de inspiração indígena, em tupi-guarani. A nomeação ocorre para sistemas que se formem apenas na área marítima de responsabilidade da Marinha do Brasil, a chamada meta área.
A Marinha do Brasil, poderá confirma a formação de um sistema de baixa pressão de características subtropicais. O sistema de origem subtropical poderá ser nomeado como “Potira”. Pode ocasionar em chuvas volumosas sobre os estados do centro-oeste, sul e sudeste puxando a umidade do interior do país para o oceano. Esse tipo de baixa pressão funciona como um aspirador de pó, sugando a umidade para o seu centro no oceano. Não descarta-se ventos costeiros moderados a fortes e agitação marítima de até 7 metros no sul do Brasil, segundo as projeções.
Confirmando as projeções feitas ao longo da semana entre os dias 04/02/2021 a 06/02/2021 poderá ser nomeado pela Marinha do Brasil. Lista de Ciclones Subtropicais/Tropicais – Atlântico Sul, Furacão Catarina (2004), Anita (2010), Arani (2011), Bapo (2015), Cari (2015), Deni (2016), Eçaí (2016), Guará (2017), Iba (2019), Jaguar (2019), Kurumi (2020), Mani (2020), Oquira (2020). O próximo nome da lista das tempestades subtropicais poderá ser “Potira” (Flor).
ATENÇÃO! Uma área de baixa pressão, cavado em superfície, deverá criar as condições e formação de um ciclone hibrido. Quando avançar para o oceano se aprofundará rapidamente, ganhando as características de extratropical. Segundo as projeções ICON e GFS, poderá ocasionar chuvas volumosas entre o Paraguai, a Argentina, parte do Uruguai e sul do Brasil (RS e SC) associadas ao JTS (Jato Subtropical) e o JBN (Jato baixos Níveis). Existem riscos para chuvas intensas e possíveis impactos como enchentes, inundações, e deslizamentos de encostas associadas à convergência de umidade em baixos níveis…
1- MODELOS DE CHUVAS NOAA – ASSOCIADOS A ZCAS!
2- CHUVAS INMET – ASSOCIADA A ZCAS PARA 06/02/2021!
ACUMULADOS DE CHUVAS, riscos potenciais:
Chuva entre 50 a 100 mm/h ou 100 a 200 mm/dia. Risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamentos de rios, em cidades com tais áreas de risco.
Instruções:
Evite enfrentar o mau tempo.
Observe alteração nas encostas.
Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Em caso de situação de inundação, ou similar, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
TEMPO SEVERO, riscos potenciais para tornados:
Chuva entre 100 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (a partir 117 Km/h), e queda de granizo. Risco para destelhamentos de casas, queda de árvores e postes quebrados, e alagamentos.
Instruções:
– Em caso de rajadas de vento: (não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda).
– Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Estimativas para o final de semana, válido para os próximos dias de 03 a 07/02/2021:
Quarta-feira (03/02): No RJ, mais um dia típico de verão com temperaturas elevadas no período diurno e acima da média nacional, contrariando todas as divulgações anteriores. No período da tarde, chegamos na casa dos 54º graus de sensação térmica sobre a cidade do Rio. Os fatores que tem contribuído para a elevação estão associados ao anticiclone do Alto da Bolívia (AB) que se aproximou nos últimos dias do sudeste. Nos últimos dias, as tempestades ficaram localizadas entre os estados do MA, TO, PI, DF, G, MT, MS, parte de SP, MG, de maneira isolada no RJ, ES e BA associada ao bloqueio atmosférico da ASAS (Alta Subtropical do Atlântico Sul) com 1024 hPa no oceano.
TSM (temperatura de superfície do mar) – INPE de 02/02/2021
Quinta-feira (04/02): Uma área de baixa pressão nesta madrugada com 1003 hPa causará TEMPO SEVERO entre o Uruguai, RS e SC com risco para formação de tornados, queda de granizo, chuvas intensas e ventos costeiros fortes, associadas a formação do ciclone hibrido segundo as projeções da agência NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) e outra agência britânica sugeriram que, a baixa pressão seja de origem subtropical e não ciclone bomba. No período da tarde, o CICLONE se intensificará baixando o centro para 978 hPa entre o Uruguai e sul do Brasil próximo as regiões costeiras. A ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) começa organizar-se e se alinhará com o ciclone no oceano, podendo causar TEMPO SEVERO associado à formação de nuvens do tipo Cumulonimbus de grande crescimento vertical. Algumas projeções sugerem grandes acumulados de chuva entre 75 a 150 mm. Segundo os modelos GFS, GOES-16 e ECMWF, existe risco para formação de “tornados” entre o RS, divisa com SC, PR, MS, SP e MG até ao anoitecer e madrugada. Outros modelos sugerem nuvens convectivas podendo gerar super-células fortes nas regiões. No RJ, o bloqueio da ASAS (Alta Subtropical do Atlântico Sul) com 1024 hPa, manterá o bloqueio impedindo das chuvas chegarem. Há risco dos ventos costeiros alcançarem o litoral carioca no fim da tarde.
Segundo as projeções, formação de Cumulonimbus de grande crescimento vertical sobre os estados do RS, PR, SP, MS, MT, MG, ES e RJ (maneira isolada) na madrugada. Áreas de instabilidades associadas a formação de CCM (Complexo Convectivo Mesoescala) isoladas poderão ocasionar tempestades fortes. As tempestades deverão vir acompanhadas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo, associadas a formação do ciclone. Lembrete: ciclone de origem subtropical pode gerar LI (linhas de instabilidades) fortes até 10 dias antes de sua formação. Não descartando chance para TEMPO SEVERO.
ATENÇÃO! FORMAÇÃO ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul)!
Sexta-feira (05/02), o sistema de baixa pressão, se intensifica pelo oceano afastado da costa entre o sul e sudeste do Brasil. O ciclone provocará tempestades fortes sobre todos os estados do centro-sul e norte do país, contribuindo em grandes acumulados de chuvas previstas em alguns modelos GFS de até 150 mm, ocasionando prejuízos as populações de algumas áreas. Áreas de instabilidades poderão ocasionar TEMPO SEVERO associados a rotação do ciclone sobre o oceano. Segundo as projeções GFS, ICON, ECMWF e GEM, modelos americanos e europeus, a baixa pressão avançará pelo oceano, se aprofundando, e subsequentemente causando TEMPESTADES entre os estados e regiões litorâneas. Não se descarta possível formações de CCM (Complexo Convectivo Mesoecala).
ATENÇÃO RJ! Projeções GFS, ICON, GEM, NAVAGEM sugerem risco de tempestades fortes e chuvas intensas até a madrugada entre as regiões do sul do estado, capital, serrana, dos lagos, norte e noroeste, risco para chuvas intensas de 50 a 150 mm. Lembrando, alguns modelos não levam em conta a influência da ASAS (Alta Subtropical do Atlântico Sul), que nessa época do ano pode criar bloqueios atmosféricos induzindo as chuvas sobre a capital. Vale a pena ressaltar, que as maiores possibilidades de chuvas deverão ocorrer no período da tarde até a madrugada por influência do calor diurno.
Sábado (06/02), ingresso da massa polar pelo oceano poderá gerar formação de supercélulas devido ao aquecimento diurno entre os estados do sudeste, centro-oeste e norte do país. ATENÇÃO! Risco de enchentes, inundações, alagamentos, transbordamentos de rios associado a formação ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul), que avançou para o oceano em direção ao centro de baixa pressão. AVISO, A ZONA DE CONVERGÊNCIA DO ATLÂNTICO SUL NÃO É FRENTE-FRIA. O canal de umidade da Amazônia poderá ocasionar em chuvas volumosas em 100, 150/400 mm, acompanhadas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo associado ao aquecimento diurno. O ciclone extratropical estará bem mais afastado continente. Ainda sim, poderemos sentir aquele ventinho gelado no meio do calor.
ATENÇÃO! No período da tarde, conforme sugerido pelo modelos GFS e ECMWF europeu, um novo cavado com 1005 hPa de média troposfera deverá amplificar e causar TEMPO SEVERO com risco de queda de granizo e formação para tornados na região sudeste entre SP, MG e RJ. Lembrando são formações de nuvens do tipo Cumulonimbus de grande crescimento vertical CCM (Sistema Convectivo Mesoecala) ou SCM (Sistema convectivo Mesoescala).
===== ATENÇÃO PROJEÇÕES FUTURAS ====
Domingo (07/02) e segunda-feira (08/02) a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) subirá em direção ao nordeste. São esperados grandes acumulados de chuvas com possíveis impactos entre todos os estados do centro-oeste, sudeste até a BA. Os modelos sugerem que a ZCAS irá se intensificar associadas ao cavado de média troposfera, área de baixa pressão com 1005 hPa. Esse sistema de baixa pressão poderá desestabilizar o interior dos estados ocasionando em TEMPO SEVERO com risco para formação de tornados isolados. Estas áreas de instabilidades poderão gerar chuvas intensas de até 200 mm pelas regiões mencionadas, acompanhadas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo. Lembrando são formações de nuvens do tipo Cumulonimbus de grande crescimento vertical CCM (Sistema Convectivo Mesoecala) ou SCM (Sistema convectivo Mesoescala).
ATENÇÃO A COSTA BRASILEIRA!
Em 2004, após a passagem de um ciclone extratropical pelo sul do Brasil, gerou outra área de baixa pressão que acabou formando o furacão Catrina que atingiu a costa naquele dia. ATENÇÃO! Modelos GFS, GEM e ICON desde a semana passada sugerem quando a ZCAS avançar pelo oceano associado ao ciclone extratropical, formarão mais dois sistemas de baixas pressões pelo oceano e um deles terá 1008 hPa, cavado em superfície nas mediações do Oceano Atlântico Sul em rotação na frente do sul do Brasil. Nessa segunda-feira (08/02) não se descarta possibilidades de TEMPORAIS isolados entre as regiões litorâneas do sul ao sudeste do Brasil. Projeções sugerem, riscos para a formação de grandes aglomerados de nuvens convectivas (Cumulonimbus), sinalizados por todos os modelos. Uma enorme área de baixa pressão sobre o país poderá ocasionar TEMPO SEVERO entre todas as regiões mencionadas. Nos casos mais extremos das tempestades, pode acarretar a formação de “tornados” isolados.
Terça-feira (09/02) e Quarta-feira (10/02) ASAS (Alta Subtropical do Atlântico Sul) com 1022 hPa sobre o oceano voltará a se intensificar. O “bafo do dragão” virá com força total. Tenho dúvidas se realmente as temperaturas cairão. Acredito em temperaturas amenas pela influência dos dias de chuvas sobre o estado do RIO DE JANEIRO.
Fonte de pesquisa:
NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), GFS, GEM, NAVAGEM, ICON, CMC, ECMWF, NPE, INMET e Marinha do Brasil.