Na madrugada de domingo e segunda-feira, será possível ver a magnífica chuva de meteoros Eta Aquáridas, formada pelos detritos do Cometa Halley. Estão previstas cerca de cinquenta estrelas cadentes por hora (cerca de um meteoro a cada minuto) riscando o céu a partir da constelação de Aquário, no horizonte leste do céu, podendo ser vistas a olho nu no Brasil. Elas estarão visíveis a partir de 03:00h mas o melhor horário para observação será às 04:00h de domingo. A grande sorte desta vez que, durante o pico da chuva de meteoros Eta Aquaridas 2019, a Lua estará na fase Nova, ou seja, seu brilho não irá interferir e ofuscar nossa visão. Isso fará com que a quantidade de meteoros avistados seja ainda mais alta do que o comum.
Constelação de aquário, neste domingo (Museums Victoria/Stellarium/Divulgação)
A Eta Aquáridas é formada pela matéria que o cometa Halley deixou para trás em suas passagens pelo planeta a cada 75,3 anos – a última aconteceu em 1986 e a próxima será em 2061. Ela se encontra com os céus terrestres entre 19 de abril e 28 de maio, com o pico de meteoros em 5 e 6 de maio. A chuva de meteoros recebeu este nome pois parece se originar da estrela Eta Aquarii, que forma o jarro d’água da constelação de Aquário.
O melhor momento para observação será entre os dias 05 e 06 de maio durante a madrugada. Nesses dias, a constelação de Aquário estará completamente visível na direção leste. Neste período, os meteoros poderão ser facilmente avistados.
Neste ano, a chuva de meteoros Eta Aquaridas poderá ter dois sub-máximos – picos repentinos além do máximo da chuva. Os outbursts previstos podem acontecer em:
– 04 de maio das 4h00 às 10h00 UTC (de 1h00 às 7h00 da manhã pelo horário de Brasília)
– 06 de maio das 12h00 às 20h00 UTC (das 9h00 às 17h00 da tarde pelo horário de Brasília)
Esses “picos fora de pico” foram previstos por conta de passagens anteriores do Cometa Halley, nos anos de 164 a.C. e 218 d.C. Portanto, os meteoros que surgirem no céu durante essa janela prevista, deverão ser fragmentos milenares de antigas passagens do Cometa Halley.
Os astrônomos aconselham que a visualização seja a olho nu e feita longe de grandes centros urbanos, para evitar a poluição luminosa e atmosférica que atrapalham a visão do fenômeno. O uso de binóculos e lunetas, por sua vez, não é recomendado, já que esses instrumentos limitam muito o campo de observação.
Fonte de pesquisa Stellarium