Matéria publicada em 24 de Maio de 2019. Cavado provoca temporais e agitação marítima até o sudeste!
Fim de semana com chance de ventos fortes e chuvas intensas no sul do Brasil, devido à formação de um cavado de superfície que teve ligeiro aprofundamento no oceano nesta sexta-feira (24/05). Segundo projeções ECMWF e GFS, aquela massa de polar tão comentada ficou bloqueada, mantendo as temperaturas baixas entre RS, SC e PR. Na região sudeste, as maiores chances de tempestades ficam para SP, devido ao resquício da massa polar, que ainda sim, poderá causar tempestade e risco de tempo severo em alguma regiões, devido ao aquecimento diurno sobre os estados.
Nessas últimas semanas, a onda tropical tem causado muitas tempestades no continente sul-americano. Nas próximas 48 horas, no Pacífico Leste, América Central, novo distúrbio no oceano com 40% de chance para o desenvolvimento do primeiro furacão da temporada em 2019. Como foi dito anteriormente, a onda tropical está baixa no Atlântico, alimentando a Amazônia com muitas baixas pressões e, subsequentemente, poderá ocasionar na formação de novos ciclones que deverão cruzar o país e desaguar no oceano.
Seguiremos os modelos para baixas pressões de núcleo quente, conforme visto nos modelos da NOAA. Acreditamos que este posicionamento pode gerar alguns conflitos de opiniões sobre as condições atmosféricas nos próximos dias. Em caso de confirmação, devem ter cuidado para as condições atmosféricas e dos riscos que este tipo de sistema pode produzir. A presença do resquício da massa polar poderá causar queda nas temperaturas entre o RS, SC, PR e SP.
ACUMULADOS DE CHUVAS, riscos potenciais:
Chuva entre 50 a 100 mm/h ou 100 a 200 mm/dia. Risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamentos de rios, em cidades com tais áreas de risco.
Instruções:
Evite enfrentar o mau tempo.
Observe alteração nas encostas.
Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Em caso de situação de inundação, ou similar, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
TEMPO SEVERO, riscos potenciais para tornados:
Chuva entre 100 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (a partir 117 Km/h), e queda de granizo. Risco para destelhamentos de casas, queda de árvores e postes quebrados, e alagamentos.
Instruções:
– Em caso de rajadas de vento: (não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda).
– Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Estimativas para a semana de (24 a 30/05/2019):
Sexta-feira (24/05): a cidade do RJ seguiu com céu claro e calor associados à alta pressão no interior do país. No final do dia, ventos costeiros poderão chegar associados à formação do cavado de superfície com 1007 hPa na forma de depressão subtropical, área de baixa pressão desorganizada, segundo modelos GFS. Durante a madrugada, a baixa pressão para 1003 hPa se aprofunda no oceano, aumentando os riscos de temporais isolados entre o sul e o sudeste do Brasil.
ATENÇÃO!
Bloqueio do ar polar na região sul, El Niño, poderá ocasionar chuvas intensas e ventos costeiros fortes entre os estados RS, SC, PR e SP. No RJ (talvez), associadas à formação do cavado de origem subtropical, subindo lentamente pro sudeste, mudando a projeção inicial.
ATENÇÃO!
Sábado (25/05): até o final da tarde, a baixa pressão se desorganiza no oceano, diminuindo os riscos de chuva sobre o litoral do RJ. Outros modelos sugerem risco para temporais isolados até a madrugada, a baixa pressão se afasta para o oceano com 1006 hPa. Divergências nos modelos, risco para ventos costeiros permanecem com chance de chuva fraca devido à alta pressão com 1020 hPa sobre MG e RJ, dificultando a chegada da chuvas fortes na capital. Maiores chances para o litoral de RS, SC, SP e do RJ até a região dos lagos, divisa com o ES, associados à convergência de umidade em baixos níveis e cavado no oceano.
Projeções CMC, GFS e GEM sugerem pancadas de chuvas isoladas no litoral de SP e RJ, acompanhadas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo associados ao calor e à umidade. Linhas de Instabilidades (LI) associadas às CCMs (Complexo Convetivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala). Não se descarta chance para formação de “tornados” devido às nuvens convectivas.
ATENÇÃO!
Domingo (26/05): divergências dos modelos GFS, ECMWF e GEM, cavado de superfície avança para o oceano com 1009 hPa, mantendo a posição como baixa pressão, de acordo com modelos GFS publicados acima. Aquele ar polar sugerido durante a semana ficou bloqueado entre RS, SC e PR. Nas projeções em 850 hPa, sugerem que o resquício da massa polar poderá causar temporais isolados devido ao aquecimento diurno sobre o sudeste, com maiores chances para temporais entre SP (risco de tornados), de foma litorânea e chance para chuvas isoladas entre o RJ e o ES na forma de frente estacionária. As temperaturas deverão estar em ligeira elevação até segunda-feira.
ATENÇÃO!
Segunda-feira (27/05): divergências dos modelos GFS, ECMWF e NAVAGEM. A convergência de umidade ganha força por dentro do país, aumentando as chances para temporais isolados entre a costa nordestina até o ES. Segundo as projeções, novos cavados poderão ocasionar chuvas litorâneas de forte intensidade associadas ao calor nestas regões. No sul e no sudeste, uma massa de ar seco predominará contribuindo na elevação das temperaturas.
ATENÇÃO! ONDA DE CALOR!
Terça-feira (28/05): uma forte onda de calor indicada pelos modelos GFS em 850 hPa de anomalias atmosféricas, possibilitará novos episódios de tempo severo entre os países vizinhos e os estados do sul do Brasil, devido ao desfile de cavados, áreas de baixas pressões de origem subtropicais. Poderão ocasionar em temporais fortes, acompanhados de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo.
Pelo que tudo indica, o El Niño veio acalorar esse outono trazendo muitas modificações na atmosfera e contribuindo no aumento significativo das tempestades sobre o país.
Fonte de pesquisa:
NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), GFS, GEM, NAVAGEM, CMC, INCO, INPE e INMET