Matéria publicada em 14 de Novembro de 2019. Ciclone provoca chuvas intensas nas regiões litorâneas!
A semana começa com chance de ventos fortes, chuvas intensas e agitação marítima no sul e sudeste do Brasil, devido à formação de um cavado de superfície que terá ligeiro aprofundamento no oceano até sexta-feira (15/11). Segundo projeções INCO e GFS, o cavado, área de baixa pressão de origem subtropical, poderá ocasionar chuvas intensas, associadas à formação da ZCAS com possíveis transtornos com relação a enchentes, inundações, deslizamentos de encostas por vários dias, seguidos de chuvas. Na região sudeste, estimativas são de tempestades associadas à formação do subtropical, sinalizado pelo modelo americano de anomalia em superfície, devido ao aquecimento diurno das cidades.
Linhas de instabilidades podem produzir CCM (Complexo Convetivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala). Não se descarta chance para formação de “tornados” devido às nuvens convectivas.
Seguiremos os modelos para baixas pressões de núcleo quente, conforme visto nos modelos da NOAA, (17/11), 18Z. Acreditamos que este posicionamento pode gerar alguns conflitos de opiniões sobre as condições atmosféricas nos próximos dias. Em caso de confirmação, deverão ter cuidado para as condições atmosféricas e dos riscos que este tipo de sistema pode produzir.
O ciclone poderá provocar ventos fortes no litoral e contribuindo para mar de ressaca. Essas condições atmosféricas poderão ocasionar em tempo severo entre os estados do RS, SC, PR, SP, MG, RJ e ES. No estado do Rio de Janeiro, segundo projeções GFS e INCO, linhas de instabilidades (LI) deverão se intensificar nos próximos dias, ocasionando em grandes volumes de chuvas, acompanhadas de descargas elétricas, vendavais e queda de granizo. Segundo projeções GFS, NAVAGEM e INCO, confirmam a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul), contribuindo em chuvas volumosas e riscos para inundações, enchentes, transbordamentos de rios e deslizamentos de encostas.
MODELO GFS – NOAA – SUBTROPICAIS
São ditas áreas de baixas pressões, termo utilizado e de cunho científico, quando o mesociclone se encontra sobre os estados brasileiros entre o sul e o sudeste do Brasil, se deslocando em direção ao Oceano Atlântico Sul. Quando atingem o mar, ganham as características. Os estados que fazem parte dos subtrópicos são: PR, SP e RJ. Segundo as projeções da agência NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), durante a madrugada dos dias 14, 15, 16 e 17/11, confirmam chance para um ciclone de características subtropicais, que poderá ocasionar chuvas volumosas entre os estados, não descartando ventos costeiros fortes, acompanhados de descargas elétricas, queda de granizo, agitação marítima e, nos casos extremos, formação para tornados.
Em caso de confirmação das projeções, entre os dias 15 e 17/11, o centro de baixa pressão, cavado de superfície, poderá ser nomeado pelo órgão responsável da Bacia desde 2011. O próximo nome da lista das tempestades subtropicais é Jaguar. Lista de Ciclones Subtropicais/Tropicais – Atlântico Sul: Tempestades subtropicais Bapo (2015), Cari (2015), Deni (2016), Eçaí (2016), Guará (2017) e Iba (2019) foram ciclones que ocorreram entre a costa sul e o sudeste do Brasil.
ATENÇÃO!
Nesta quinta-feira, 14/11, a formação da ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) poderá causar transtornos nos estados do RS, SC e PR. O escoamento da ZCAS avançará para o oceano, associada à formação dá área de baixa pressão de origem subtropical. Existe risco para enchentes, inundações e deslizamentos de encostas, devido aos grandes volumes de chuvas. Até a madrugada, ocorrerão chuvas fortes, acompanhadas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo. Se tratando de nuvens convectivas associadas ao ciclone, não se descarta chance para formação de “tornados”.
ACUMULADOS DE CHUVAS, riscos potenciais:
Chuva entre 50 a 100 mm/h ou 100 a 200 mm/dia. Risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamentos de rios, em cidades com tais áreas de risco.
Instruções:
Evite enfrentar o mau tempo.
Observe alteração nas encostas.
Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Em caso de situação de inundação, ou similar, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
TEMPO SEVERO, riscos potenciais para tornados:
Chuva entre 100 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (a partir 117 Km/h), e queda de granizo. Risco para destelhamentos de casas, queda de árvores e postes quebrados, e alagamentos.
Instruções:
– Em caso de rajadas de vento: (não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda).
– Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Estimativas para a semana de (13 a 18/11/2019):
Na quarta-feira, 13/11, o tempo, em boa parte do sudeste, foi de muito sol e calor. No período da tarde, ocorreram pancadas de chuvas isoladas em alguns pontos de SP. No RJ, as temperaturas chegaram aos 33ºC. No sul do Brasil, ocorreram tempestades fortes em algumas regiões do RS, SC e PR, associadas à formação do cavado de superfície com 1006 hPa, suporte do JBN (Jato de Baixos Níveis) sobre o Oceano Atlântico Sul.
Quinta-feira, 14/11: no RJ, durante a madrugada, com pouca nebulosidade sobre a cidade. Segundo as projeções, existe uma expectativa de, até o final da tarde, áreas de instabilidades se formarem ao longo do dia, devido à formação do cavado entre o sul e sudeste, segundo as projeções INCO e GFS, o que poderá ocasionar em TEMPO SEVERO entre os estados, associadas ao aquecimento diurno. A ZCAS se intensificará entre o Paraguai, Argentina, sul do Brasil e parte do centro-oeste, com possibilidade de chuvas intensas, acompanhadas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo.
ATENÇÃO!
No sudeste, principalmente em SP e RJ, poderão ocasionar TEMPO SEVERO em vários municípios, devido às nuvens convectivas. Não se descarta possibilidade para formação de CCM (Complexo Convectivo Mesoescala ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala). Até a madrugada, o cavado avançará para o oceano.
ATENÇÃO! ZCAS!
Sexta-feira, 15/11: A ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) contribuirá para tempestades generalizadas nos estados brasileiros de SC, PR, MS, MT, SP e RJ. A baixa pressão de origem subtropical se aprofunda no oceano, segundo as projeções INCO (1002 hPa) e GFS (999 hPa). Divergência de opiniões quanto a origem podem gerar conflitos. Seguiremos os modelos americanos da NOAA, de 48 horas, publicados no dia 13/11. O cavado de superfície, se aprofunda no oceano, aumentando os riscos de TEMPO SEVERO. Modelo GFS de anomalia em 850 hPa indica a subida gradativa desta baixa pressão pro sudeste. A ZCAS se alinhará com o oceano associada à formação do ciclone. Chuvas intensas poderão causar transtornos em vários estados, com possibilidade para enchentes, inundações e deslizamentos de encostas, devido aos grandes volumes de chuvas, segundo as projeções NAVAGEM, INCO e GFS.
ATENÇÃO! Devido ao calor diurno das cidades e manutenção da JAN (Jato Altos Níveis) do Pacífico, não se descartam novos episódios de tornados entre os estados. Nuvens convectivas poderão ocasionar em novos episódios de MAU TEMPO.
ATENÇÃO!
Sábado, 16/11: Por divergências nos modelos INCO e GFS, existem alguns riscos que devemos levar em conta. Talvez as chuvas permaneçam fortes entre o RJ e MG. A segunda projeção indica que as chuvas deverão ficar concentradas no entorno da cidade do RJ, entre o médio paraíba, serrana, região dos lagos e norte do Estado, ocasionando em ventos costeiros, agitação marítima e chuvas intensas associadas à ZCAS e ao ciclone que se aprofunda no oceano, afastado da costa. Até a madrugada, o ciclone bem mais afastado do continente. Algumas projeções persistem com chuvas intensas, acompanhadas de descargas elétricas e vendavais de 100 km/h e queda de granizo. Linhas de Instabilidades (LI) associadas às CCMs (Complexo Convetivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala). Não se descarta chance para formação de “tornados”, devido às nuvens convectivas.
ATENÇÃO SUDESTE, ZCAS!
Domingo, 17/11: Por divergências nos modelos INCO e GFS. A ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) começa a subir em direção ao ES e sul da BA, associada ao ciclone bem afastado do continente, pode gerar problemas em vários estados devido aos grandes volumes de chuvas, ocasionando em TEMPO SEVERO durante o dia em parte do centro-oeste, sudeste e nordeste. O ciclone no oceano começa a desconfigurar-se até a madrugada. A ZCAS ainda persistirá com possíveis transtornos em MG, ES e BA, devido à formação de grandes aglomerados de nuvens do tipo Cumulonimbus, que ainda podem gerar tempestades durante o dia.
Projeções INCO e GFS sugerem pancadas de chuvas INTENSAS ainda com a ZCAS no sudeste, acompanhadas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo, associados ao calor e à umidade. Linhas de Instabilidades (LI) associadas às CCMs (Complexo Convetivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala). Não se descarta chance para formação de “tornados” devido às nuvens convectivas.
PROJEÇÕES FUTURAS – 18 e 19/11
Segunda e terça-feira, 18 e 19/11: Modelos GFS e INCO sugerem que o ciclone entra em dissipação no oceano Atlântico Sul. Outra projeção indica novos episódios com a ZCAS na região de MG, divisa com o estado do RJ, menor chance para a capital, entre as regiões do médio paraíba, serrana, baixada litorânea, norte e noroeste do estado, divisa com o ES, possibilidade para tempestades associadas à ZCAS. Poderá causar transtornos em todo o centro-oeste, parte do sudeste e do nordeste com possíveis impactos, segundo as projeções. Em caso de confirmação deste modelos, não se descarta chance para inundações, enchentes e deslizamentos de encostas, devido aos grandes acumulados de chuvas previstos em alguns modelos americanos.
ATENÇÃO!
Projeções INCO, ECMWF e GFS sugerem pancadas de chuvas INTENSAS acompanhadas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo, associados ao calor e à umidade. Linhas de Instabilidades (LI) associadas às CCMs (Complexo Convetivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala). Não se descarta chance para formação de “tornados” devido às nuvens convectivas.
Fonte de pesquisa:
NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), GFS, GEM, NAVAGEM, CMC, INCO, INPE, SIMEPAR e INMET.