Matéria publicada em 21 de Janeiro de 2020. Ciclone Subtropical Kurumi será nomeado pela Marinha do Brasil nos próximos dias!
A semana começou com temporais generalizados sobre os estados do sul e sudeste. No último final de semana, tempestades ocorridas nos estados de MG (Uberlândia e Contagem), SP (Piracicaba) e ES (Iconha) estavam relacionadas ao corredor de umidade conhecido como ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul). A Atuação da VCAN (Vórtice Ciclônico em Altos Níveis) e da AB (Alta de Bolívia) estão ativas, conforme descrito na agência NOAA (reprodução parcial) e Influenciará sempre no período da tarde. Condições atmosféricas para TEMPO SEVERO em parte do sul, centro-oeste, sudeste e parte do nordeste ocasionando tempestades fortes. Áreas de instabilidades e formação do ciclone subtropical nos próximos dias 23 a 25/01. Quando ciclones de origem subtropical se confirmam em até 10 dias antes de sua formação, ocasionam LI (linhas de instabilidades). Os eventos climatológicos sugeridos pela TV nos últimos dias, como frente-fria, foram mal avaliados. Seguindo a previsão dos próximos dias, segundo os modelos americanos e europeus: GFS, ICON, NAVAGEM, CMC e ECMWF estão coerentes e similares para a formação de um ciclone de origem subtropical, com possível nomeação do órgão como “Kurumi” em Tupi Guarani (menino). Nota-se perturbações na troposfera média com suporte do JBN (Jato Baixos Níveis), associadas à formação de cavados por dentro do país, que deverão resultar em pancadas de chuvas localmente fortes, acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento de 100 km/h e queda de granizo. Lembrando que LI (linhas de instabilidades) podem ocasionar, nos casos mais severos, formação de tornados. Na madrugada de 21/01, um cavado, primeira área de baixa pressão sobre o oceano, um pouco mais afastado da costa do RJ e ES, acoplado ao escoamento da zona de convergência (ZCAS) alinhou-se com o oceano. O cavado mencionado, baixa pressão com 1008 hPa, poderá causar transtornos às populações de parte do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Não se descarta a possibilidade para formação de CCM (Complexo Convectivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala).
Conforme descrito na agência NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) de 17/01 a discussão da previsão para a América do Sul – Mesas internacionais, centro de predição do tempo da NWS College Park MD confirmando a ZCAS. Dados GFS em FTPPRD.NCEP.NOAA.GOV/PUB/DATA/NCCF/COM/GFS/PROD/.
A Marinha do Brasil reconheceu nessa tarde de 21/01, que existe possibilidade para um ciclone de características subtropicais, podendo ocasionar chuvas volumosas sobre os estados do centro-oeste, sul e sudeste. Não descartando ventos costeiros fortes, acompanhados de descargas elétricas, queda de granizo e agitação marítima.
MODELOS GFS – FORMAÇÃO SUBTROPICAL
Confirmando as projeções, entre os dias 23/01 a 25/01, um centro de baixa pressão, cavado de superfície, poderá ser nomeado pela Marinha do Brasil, órgão responsável pela Bacia desde 2011. Lista de Ciclones Subtropicais/Tropicais – Atlântico Sul, Anita (2010), Arani (2011), Bapo (2015), Cari (2015), Deni (2016), Eçaí (2016), Guará (2017), Iba (2019). O próximo nome da lista das tempestades subtropicais é “Kurumi” em Tupi Guarani (menino).
MODELOS-GFS-NOAA- CHUVAS INTENSAS ATÉ 27/01
CHUVAS INTENSAS – INMET
ACUMULADOS DE CHUVAS, riscos potenciais:
Chuva entre 50 a 100 mm/h ou 100 a 200 mm/dia. Risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamentos de rios, em cidades com tais áreas de risco.
Instruções:
Evite enfrentar o mau tempo.
Observe alteração nas encostas.
Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Em caso de situação de inundação, ou similar, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
TEMPO SEVERO, riscos potenciais para tornados:
Chuva entre 100 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (a partir 117 Km/h), e queda de granizo. Risco para destelhamentos de casas, queda de árvores e postes quebrados, e alagamentos.
Instruções:
– Em caso de rajadas de vento: (não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda).
– Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Estimativas para o final de semana, válido para os próximos dias de 21 a 27/01/2020:
Terça-feira (21/01), baixas pressões cruzaram o país associadas a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) que avançou para no oceano nos últimos dias. Existe uma projeção para hoje, até a madrugada, para um cavado de área de baixa pressão com 1008 hPa. Poderá ocasionar chuvas fortes e generalizadas entre o sul, centro-oeste, sudeste e parte do nordeste. Segundo as projeções, formação de Cumulonimbus de grande crescimento vertical sobre os estados do RS, PR, SP, MS, MT, MG, ES e RJ (maneira isolada) na madrugada. Áreas de instabilidades associadas a formação de CCM (Complexo Convectivo Mesoescala) isoladas poderão ocasionar tempestades fortes. As tempestades deverão vir acompanhas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo, associado a formação do ciclone nos próximos dias, próximo a costa da BA, ES e RJ. Lembrete: ciclone de origem subtropical pode gerar LI (linhas de instabilidades) fortes até 10 dias antes de sua formação. Não descartando chance para TEMPO SEVERO.
ATENÇÃO! ZCAS SE INTENSIFICA! TEMPO SEVERO!
Quarta-feira (22/01) áreas de instabilidades se intensificam por dentro do país, um cavado na média atmosfera com 1004 hPa no Paraguai, possível CCM (Complexo Convectivo Mesoecala) reforçará a ZCAS, podendo ocasionar em inundações, enchentes e deslizamentos de encostas por boa parte do centro-oeste, sudeste e sul (isolado). No RJ, ao longo do dia, o sol deverá aparecer entre nuvens, mas a formação do ciclone poderá causar tempestades associadas à formação de nuvens do tipo Cumulonimbus de grande crescimento vertical com maiores chances para a região serrana do Rio. Os maiores riscos para chuvas intensas são: SP (serra da Mantiqueira), MG entre o Triangulo Mineiro/Alto Paranaíba, Central Mineira, Norte Mineiro, Oeste Mineiro, Noroeste Mineiro (cerca de 84 municípios);
ATENÇÃO! CHUVAS INTENSAS! TEMPO SEVERO!
Para MT e GO em cerca de 393 municípios: Sudoeste Rondonense, Alto Madeira, Centro Sul Mato-Grossense, Nordeste Mato-Grossense, Norte Mato-Grossense, Sudeste Mato-Grossense, Sudoeste Mato-Grossense, Centro Goiano, Leste Goiano, Sul Goiano, Norte Goiano, Noroeste Goiano, Jalapão, Sudeste Tocantinense, Sul Tocantinense, Oeste Tocantinense, Centro Tocantinense, Sudeste Rondonense;
ATENÇÃO ESPECIAL! FORMAÇÃO DO CICLONE! TEMPO SEVERO!
Quinta-feira (23/01), o sistema de baixa pressão sobre o país induzirá em tempestades fortes sobre todos os estados, contribuindo em grandes acumulados de chuvas previstas em alguns modelos GFS de até 300 mm, podendo ocasionar em prejuízos as populações de algumas áreas já debilitadas das chuvas dos últimos dias, principalmente entre MG, ES e RJ (noroeste fluminense). Segundo as projeções GFS, ICON, ECMWF, GEM, NAVAGEM, CMC, modelos americanos e europeus, a baixa pressão sairá do continente avançando pelo oceano, se aprofundando, quando poderá ser classificada como Depressão Subtropical. A provável área de formação do ciclone subtropical será em alto-mar, entre o norte do estado do Rio de Janeiro e o sul do estado do Espírito Santo. A Marinha do Brasil, deverá nomear como “Kurumi”.
Sexta-feira (24/01) projeções indicam que o ciclone de origem subtropical se aprofundará no oceano em águas quentes entre 27 e 28º graus de TSM (temperatura de superfície do mar). Deverá ser renomeado para Tempestade Subtropical próximo da costa do sudeste, podendo gerar ventos costeiros fortes, principalmente na região do sudeste do Brasil entre SP (serra da mantiqueira) MG, RJ (capital, serrana, norte e noroeste fluminense) ES e a BA. Existe risco para a formação de grandes aglomerados de nuvens convectivas (Cumulonimbus) sinalizados por todos os modelos. Uma enorme área de baixa pressão sobre o país poderá ocasionar em TEMPO SEVERO entre todas as regiões mencionadas. Nos casos mais extremos das tempestades, pode acarretar na formação de “tornados” isolados, devido atmosfera ciclônica. A ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) poderá causar grandes acumulados de chuvas com possíveis impactos com chuvas de 150 mm a 300 mm para cada 12 horas.
ATENÇÃO! TEMPO SEVERO! RISCO DE VENTOS COSTEIROS E CHUVAS VOLUMOSAS
Sábado (25/01), caso a intensidade dos ventos observados alcance ou supere 63 km/h (34 nós), o fenômeno será reclassificado como Tempestade Subtropical “Kurumí“, segundo as projeções, o ciclone se aprofundará no oceano afastado da costa. Poderá causar agitação marítima entre a BA e o litoral de SC. Esse tipo de sistema, funciona como um aspirador de pó, puxando toda a umidade do país para dentro dele no meio do oceano. A ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) apresenta conformidade nos grandes grandes acumulados de chuvas e possíveis impactos entre os estados de SP, RJ, MG, ES, BA e SE. No fim do dia, o ciclone estará em alto mar mais afastado, mesmo assim poderá provocar ventos costeiros pelo litoral do sudeste.
ATENÇÃO! CHUVAS INTENSAS, ZCAS!
Domingo (26/01), a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) associada ao ciclone em alto mar, poderá causar chuvas intensas nos seguintes estados: entre o RJ (capital) de forma isolada, regiões serrana, baixadas litorâneas, norte e noroeste fluminense, SP, MG, ES e a BA Um cavado na média atmosfera, atravessará os Andes desestabilizando os países sul-americanos e fortalecendo o canal da ZCAS. Existe risco para tornados associadas as LI (linhas de instabilidades) como CCMs (Complexo Convetivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala). No período da tarde, os modelos GFS e ICON estão coerentes para formação de nova área de baixa pressão, cavado de media atmosfera sobre os estados do sudeste, poderá ocasionar em TEMPO SEVERO e nos casos mais extremos das tempestades. São esperados grandes acumulados de chuvas com possíveis impactos entre 150 mm a 300 mm de chuvas para cada 12 horas.
Fonte de pesquisa:
NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), GFS, GEM, NAVAGEM, ICON, CMC, ECMWF, NPE, INMET e Marinha do Brasil.