Matéria publicada em 15 de Novembro de 2018. Zona de Convergência de Umidade (ZCOU) atua entre o MT e parte do Sudeste do país!
A formação de um cavado no níveis médios da troposfera com suporte do JST (jato subtropical) ao longo da semana, ocasionou em tempo severo em boa parte da Argentina (Santa Fé) e no Uruguai, com a formação de células tornádicas, que deram origem aos tornados. Entre a madrugada do dia 13 e 14/11, formou um ciclone extratropical com 972 hPa, que contribuiu para áreas de instabilidades. No Centro Oeste e Sudeste, a convergência de umidade se alinhou com o oceano. Sempre no período da tarde, pancadas de chuvas de forte intensidade deverão ocorrer associadas a ZCOU (Zona de Convergência de Umidade). A frente fria mencionada anteriormente, entrou em dissipação, ficando somente como ramo estacionário, mantendo a convergência de umidade alinhada sobre a região central do país.
As atenções devem se voltar para o final de semana com a formação da ZCOU (Zona de Convergência de Umidade), que deverá provocar chuvas intensas nas regiões do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Segundo projeções, as chances são de chuvas volumosas entre os estados de SP, MG, ES e RJ, com riscos de enchentes, inundações e deslizamentos de terra, devido aos grandes volumes, acompanhadas de descargas elétricas, vendavais e queda de granizo. Um cavado com 1004 hPa de média troposfera desestabiliza parte do Centro-Oeste e Sudeste.
Projeções futuras NOAA para 21/11
INMET 17/11
ACUMULADOS DE CHUVAS, riscos potenciais:
Chuva entre 30 a 60 mm/h ou 50 a 100 mm/dia. Risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamentos de rios, em cidades com tais áreas de risco.
Instruções:
Evite enfrentar o mau tempo.
Observe alteração nas encostas.
Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Em caso de situação de inundação, ou similar, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
TEMPESTADES, riscos potenciais:
Chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 Km/h), e queda de granizo. Risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos;
Estimativas de tempestades pela empresa Zemajy meteorologia para os próximos dias:
Instruções:
– Em caso de rajadas de vento: (não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda).
– Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Predições/Estimativas da semana:
Terça-feira (13/11), a cidade do RJ e SP seguiram com uma forte onda de calor. Novo cavado desestabilizou o interior do país. Os destaques foram ás áreas de instabilidade, que causaram temporais, acompanhados de descargas elétricas, vendavais e queda de granizo entre a Argentina, Uruguai e os estados do Sul do Brasil.
Quarta-feira (14/11), baixas pressões associadas a formação da ZCOU com suporte de Jatos Baixos Níveis (JBN), reforçando as áreas de instabilidade entre os estados de SP, RJ, MG (Juiz de Fora) e ES. O tempo nessas regiões foi de sol entre nuvens e em determinados casos, ocorreram pancadas de chuva localmente fortes.
=== ATENÇÃO SUDESTE – ZCOU ===
Quinta-feira (15/11), linhas de instabilidades se intensificam por dentro país, deverão provocar temporais entre os estados de SP de forma isolada. No decorrer do dia, chance para tempo severo com risco de chuvas volumosas, descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo associado ao calor e umidade, com a ZCOU (Zona de Convergência de Umidade). Entre SP, MG e RJ, principalmente na região serrana, norte e noroeste fluminense. Novo cavado nos níveis médios da troposfera com 1004 hPa, até o anoitecer deverá provocar chuvas intensas em todo o Centro-Oeste e Sudeste.
Sexta-feira (16/11), o sol abre parcialmente no Sudeste. Novo cavado nos níveis médios poderá ocasionar temporais em toda a região Sudeste, devido a ZCOU. Divergência dos modelos GFS e ECMWF pode ocasionar em tempo severo em algumas localidades. As chuvas poderão ser moderadas a forte, acompanhadas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo.
==== ATENÇÃO SUL E SUDESTE – ZCAS ===
Sábado (17/11), modelos GFS e ECMWF, indicam chance para “temporais” entre RS divisa com o Uruguai. Segundo projeções, risco para tempo severo entre MG, ES e BA. No RJ, na capital fluminense, os riscos são de chuvas fracas. Já as regiões Sul, Serrana, Baixadas Litorâneas, norte e noroeste do estado divisa com ES devem ficar atentas para o final da tarde. Novo cavado de média troposfera deverá desestabilizar o interior dos estados devido ao resquício da ZCOU.
Domingo (18/11), as condições atmosféricas poderão ser as mesmas mencionadas do dia anterior, com risco de chuva forte, descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo. Segundo modelos GFS, novo ciclone extratropical com 993 hPa,a Argentina, Uruguai e RS, associada a convergência de umidade, dando origem a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul), o “rio voador”. Existe risco para enchentes, inundações e deslizamentos de terra entre todo o Centro-Oeste e parte do Sudeste.
Segunda-feira (19/11), ao longo do dia no RJ, a ASAS (Alta Subtropical do Atlântico Sul com 1030 hPa, inibe a chegada da frente-fria “ciclone extratropical” com 972 hPa. No inicio da noite, o bloqueio da ASAS cederá e chuvas intensas deverão ocorrer associadas a ZCAS com risco para enchentes e deslizamentos de terra, associadas aos grande volumes de chuvas, áreas de instabilidade vindas da Amazônia.
Terça-feira (20 à 25/11), projeções futuras dos modelos GFS, ECMWF, GEM e NAVAGEM para todo o Centro Oeste e Sudeste. Risco de chuvas volumosas associadas a formação da ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) e novas baixas pressões “cavado” poderão ocasionar em tempestades muito fortes sobre estas localidades. Entre os dias 22 e 23, ZCAS se divide em duas bandas atingindo o Sul do Brasil devido a a formação de outro cavado, nos Andes. Os riscos para temporais aumentam significamente que poderão vir acompanhadas de chuva muito forte, descargas elétricas, vendavais e queda de granizo.
Fonte de pesquisa:
Colaboração de Paulo Fernando Montico da empresa Zemajy meteorologia
NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), GFS,
INPE, INMET, SIMEPAR, Epagri e Tempo.pt.