Ciclones deverão ser nomeados pela Marinha do Brasil até o Réveillon

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A semana começou com temporais generalizados sobre os estados do norte e do sudeste, relacionados ao corredor de umidade da Amazônia. As condições atmosféricas foram de TEMPO SEVERO que ocasionaram em tempestades fortes associadas a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) e ao cavado, nessa última sexta-feira (25/12). Na tarde deste sábado, a Marinha do Brasil reconheceu a formação do ciclone subtropical “Oquira” entre a costa do sudeste e sul do Brasil. Até o fim do ano serão dois eventos meteorológico raros no Oceano Atlântico Sul entre os dias 26 a 31/12/2020.

MODELO NOAA BAIXAS PRESSÕES

Seguindo a previsão dos próximos dias, segundo os modelos americanos e europeus: GFS, ICON, NAVAGEM, CMC e JMA projeta formação de outro ciclone de origem subtropical com possível nomeação pela Marinha do Brasil entre os dias 01 a 04/01/2021. Nota-se perturbações na troposfera média com suporte do JBN (Jato Baixos Níveis), associadas à formação de cavados por dentro do país, que deverão resultar em pancadas de chuvas localmente fortes, acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento de 100 km/h e queda de granizo. Lembrando que LI (linhas de instabilidades) podem ocasionar, nos casos mais severos, formação de tornados. Não se descarta a possibilidade para formação de CCM (Complexo Convectivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala).

Sistemas meteorológicos especiais como furacões, tufões ou os ciclones tropicais, subtropicais e extratropicais costumam ser “batizados” pelos centros de monitoramento meteorológicos internacionais. Nos Estados Unidos, por exemplo, é o Centro Nacional de Furacões (NHC) que dá nome aos furacões.

No Brasil, quem batiza os sistemas meteorológicos especiais que se formam na costa brasileira é a Marinha. Os nomes são geralmente de inspiração indígena, em tupi-guarani. A nomeação ocorre para sistemas que se formem apenas na área marítima de responsabilidade da Marinha do Brasil, a chamada meta área.

A Marinha do Brasil, na noite desta sexta-feira (25/12), confirmou a formação de um sistema de baixa pressão de características subtropicais, a princípio uma Depressão Subtropical. O sistema de origem subtropical foi nomeado a partir de 27/12/2020. Pode ocasionar em chuvas volumosas sobre os estados do centro-oeste, sul e sudeste puxando a umidade do interior do país para o oceano. Esse tipo de baixa pressão funciona como um aspirador de pó, sugando a umidade para o seu centro no oceano. Não descarta-se ventos costeiros moderados a fortes e agitação marítima de até 4 metros.

Confirmando as projeções feitas ao longo da semana entre os dias 26/12/2020 a 04/01/2021 poderá ser nomeado pela Marinha do Brasil. Lista de Ciclones Subtropicais/Tropicais – Atlântico Sul, Anita (2010), Arani (2011), Bapo (2015), Cari (2015), Deni (2016), Eçaí (2016), Guará (2017), Iba (2019), Jaguar (2019), Kurumi (2020), Mani (2020), Oquira (2020). Os próximos nomes da lista das tempestades subtropicais poderá “Potira” (Flor) talvez.

MODELO GFS-NOAA-CHUVAS INTENSAS

ACUMULADOS DE CHUVAS, riscos potenciais:
Chuva entre 50 a 100 mm/h ou 100 a 200 mm/dia. Risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamentos de rios, em cidades com tais áreas de risco.

Instruções:
Evite enfrentar o mau tempo.
Observe alteração nas encostas.
Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Em caso de situação de inundação, ou similar, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

TEMPO SEVERO, riscos potenciais para tornados:
Chuva entre 100 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (a partir 117 Km/h), e queda de granizo. Risco para destelhamentos de casas, queda de árvores e postes quebrados, e alagamentos.

Instruções:
– Em caso de rajadas de vento: (não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda).
– Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Síntese das condições atmosféricas pela Zemajy-Meteorologia da semana:

Segundo a opinião do prof. Fernando Paulo Montico, ontem tivemos um cavado próximo a costa do RJ que sustentou as chuvas dos últimos dias. No período noturno o cavado se intensificou no oceano. Na madrugada a Marinha do Brasil, citou nos seus informes possibilidade para nomeação do ciclone subtropical. Segundo a opinião do meteorologista da Zemajy até segunda-feira (28/12) o ciclone estará no oceano afastado da costa e mesmo assim podendo influenciar o clima entre o sul e o sudeste do Brasil.

 

Estimativas para o final de semana, válido para os próximos dias de 26/12/2020 a 03/01/2021:

No último dia (22/12) começou o solstício de verão em grande estilo com temperaturas acima do 45º graus Celsius por influência do Trópico de Capricórnio e pela ASAS (Alta Subtropical do Atlântico Sul) com 1020 hPa, outro alta pressão que localiza-se entre a costa africana e a costa brasileira. Por isso, as pessoas sentem tando calor nessa época.

Sexta-feira (25/12) cavado sobre oceano associado a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) reforçou as áreas de instabilidades entre os estados do RJ, SP (de maneira isolada), MG, ES, GO, DF, MS, MT mantendo as temperaturas amenas devido a formação de nuvens durante o dia, limitando a elevação das temperaturas em alguns estados. Ontem, o estado do Rio sofreu com as chuvas da ZCAS, gerando acumulados de chuvas expressivos e causando alguns transtornos por diversos bairros pela cidade.

Sábado (26/12), conforme comentado acima, a formação do ciclone subtropical “Oquira” pela Marinha do Brasil, proporcionará um aumento significativo das chuvas do interior da Amazônia e subsequentemente, reforçando a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) pelo país. No RJ, pela manhã o dia foi de céu claro com poucas nuvens e ligeiro aumento nas temperaturas sobre o estado. Existe possibilidade de chuvas vespertinas segundo as projeções GFS da NOAA entre SC (litoral), SP (serra da Mantiqueira), RJ estado, ES (litoral e sul da BA), MG e boa parte do centro-oeste e norte do país.

OBS: Segundo as projeções, até a madrugada, não se descarta novas áreas de instabilidades que poderão ocasionar em chuvas moderadas a forte. As preocupações se voltam com a formação do Ciclone Subtropical Oquira na costa do sul de sudeste. Não descarta-se formação de Cumulonimbus de grande crescimento vertical sobre os estados. Divergências nos modelos e bloqueios atmosféricos sobre os estados deverão impedir no período da tarde que os grandes volumes de chuvas cheguem sobre as cidades. Nesse momento a ASAS (bloqueio atmosférico) com 1016 hPa induzindo em ligeiro aumento nas temperaturas sobre o centro-oeste e sudeste brasileiro.

ATENÇÃO! CICLONE SUBTROPICAL OQUIRA e ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul)!

Domingo (27/10) áreas de instabilidades se intensificam por dentro do país, associado a formação do ciclone subtropical no oceano que deverá induzir tempestades moderadas a fortes nos estados do centro-sul. Não se descarta possível formações de CCM (Complexo Convectivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala) até o anoitecer principalmente, nas regiões litorâneas RS, SC, PR, SP, RJ e ES.

No RJ, ao longo do dia, o sol deverá intercalar por pouco tempo conforme projeções dos modelos devido ao bloqueio da ASAS sobre o Estado do Rio. As projeções sugerem risco de tempestades moderadas a fortes sobre os estados associados a ZCAS podendo ocasionar em TEMPO SEVERO para todo o centro-sul. Os maiores riscos para chuvas intensas são: SP (serra da Mantiqueira), MG entre o Triangulo Mineiro/Alto Paranaíba, Central Mineira, Norte Mineiro, Oeste Mineiro, Noroeste Mineiro (cerca de 84 municípios);

ATENÇÃO RJ: Costa Verde, Baixadas Litorâneas, Metropolitana do Rio de Janeiro, Médio Paraíba, Centro sul Fluminense e Serrana Fluminense (cerca de 43 municípios);

ATENÇÃO MG: Metropolitana de Belo Horizonte, Zona da Mata Mineira, Campo das Vertentes de Minas, Oeste Mineiro, Sul/Sudoeste Mineiro, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba e Central Mineira;

ATENÇÃO MT, GO e TO: Sudoeste Rondonense, Alto Madeira, Centro Sul Mato-Grossense, Nordeste Mato-Grossense, Norte Mato-Grossense, Sudeste Mato-Grossense, Sudoeste Mato-Grossense, Centro Goiano, Leste Goiano, Sul Goiano, Norte Goiano, Noroeste Goiano, Jalapão, Sudeste Tocantinense, Sul Tocantinense, Oeste Tocantinense, Centro Tocantinense, Sudeste Rondonense (cerca de 393 municípios);

ATENÇÃO ESPECIAL TEMPESTADE SUBTROPICAL OQUIRA!

Segunda-feira (28/10), o sistema de baixa pressão, ciclone subtropical se intensifica afastado do continente gerando muitas áreas de instabilidades em todo centro-oeste, sudeste e sul do Brasil. O ciclone provocará tempestades fortes contribuindo em grandes acumulados de chuvas previstas em alguns modelos GFS de até 200 mm, ocasionando prejuízos as populações de algumas áreas.

OBS: Na tarde desta-segunda-feira (28/10) a Marinha do Brasil nomeou a TEMPESTADES SUBTROPICAL OQUIRA afastado da costa brasileira em alto mar.

ATENÇÃO TEMPO SEVERO, áreas de instabilidades CCM (Complexo Convectivo Mesoescala) ou SCM (Sistema Convectivo Mesoescala) não descartar-se. Todas as projeções sugerem grandes acumulados de chuvas associados a rotação do ciclone sobre o oceano. Segundo as projeções, a baixa pressão se aprofunda lentamente, e subsequentemente causando TEMPESTADES entre os estados.

Terça-feira (29/12) e quarta-feira (30/12) o ciclone subtropical “Oquira” deverá perder o status de subtropical entrando em dissipação conforme as projeções GFS, GEM, NAVAGEM e CMC. As chuvas poderão ocorrer durante o dia em vários estados devido a formação da ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul). Outra projeção indica a formação de mais um ciclone entre a Argentina, o Uruguai e o RS podendo gerar ventos costeiros, ressaca de até 4 metros e mais chuvas.

MANUTENÇÃO DA TEMPESTADES SUBTROPICAL OQUIRA – MARINHA DO BRASIL!

AVISO NR 1532/2020
AVISO ESPECIAL
EMITIDO ÀS 1430 HMG – TER – 29/DEZ/2020
TEMPESTADE SUBTROPICAL OQUIRA COM PRESSÃO CENTRAL DE 1002 HPA EM 37S047W, MOVENDO-SE PARA SUL/SUDESTE, COM VENTOS FORÇA 7/8 COM RAJADAS E MAR GROSSO AFETANDO AS ÁREAS ALFA, AO SUL DE 35S E SUL OCEÂNICA AO SUL DE 30S E OESTE DE 040W. POSIÇÕES ESTIMADAS EM 39S047W EM 300000 HMG E 42S049W EM 301200 HMG. VÁLIDO ATÉ 310000 HMG.
ESTE AVISO SUBSTITUI O AVISO 1529/2020.

PROJEÇÕES FUTURAS – RÉVEILLON – SEGUNDO CICLONE SUBTROPICAL (01/01 a 04/01/2021)?

Segundo as projeções entre os dias (01 a 04/01/2021) haverá o ingresso de massa polar (pré-frontal) no verão. Poderá acarretar em grandes volumes de chuvas pelos modelos GFS, NAVAGEM e CMC associada a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul), que nos últimos dias, já tinha se dividido em duas bandas entre o sul e parte do sudeste. Será a segunda anomalia climatológica da temporada na bacia do Atlântico Sul. Em caso de confirmação, a Marinha do Brasil poderá nomeá-lo como “Potira” (Flor). Conforme citado, uma grande área de baixa pressão deverá se organizar nos estados do sudeste entre SP, MG, RJ, ES e o sul da BA. São esperados grandes volumes de chuvas com possíveis impactos como: enchentes, inundações, alagamentos, deslizamentos de encostas por consequência de vários dias seguidos de chuvas.

O sistema de baixa pressão deverá provocar TEMPO SEVERO em diversos estados do centro-oeste e parte do sudeste. Estas áreas de instabilidades poderão gerar chuvas intensas de até 300 mm pelas regiões mencionadas, acompanhadas de descargas elétricas, vendavais de 100 km/h e queda de granizo. Lembrando são formações de nuvens do tipo Cumulonimbus de grande crescimento vertical CCM (Sistema Convectivo Mesoecala) ou SCM (Sistema convectivo Mesoescala).

Lembrando, alguns modelos não levam em conta a influência da ASAS (Alta Subtropical do Atlântico Sul) com 1016/1020 hPa. O bloqueio atmosférico pode reduzir as chuvas em algumas localidades já mencionadas a cima. Vale a pena ressaltar, que as maiores possibilidades de chuvas deverão ocorrer no período da tarde até a madrugada por influência do calor diurno.

Fonte de pesquisa: NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), GFS, GEM, NAVAGEM, ICON, CMC, ECMWF, NPE, INMET e Marinha do Brasil.