Ciclone provoca a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) sobre o sudeste

Posted on Posted in Geral, Previsão do tempo

Sharing is caring!

Alertamos para a formação da ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul), o rio voador. O início da semana foi marcado por muito calor provocado pela ASAS (Alta Subtropical do Atlântico Sul) com 1025 hectopascal (hPa) e manteve as temperaturas acima da média no sudeste, devido ao deslocamento do Alta da Bolívia (AB) em direção ao sudeste. Atenção aos estados do centro-sul: GO, DF, SP, MG, RJ e o estado do ES. Este corredor de chuvas pode provocar enchentes, deslizamentos de encostas, queda de barreiras, alagamentos, transbordamentos de rios e possíveis transtornos. Existe possibilidade de atividade convectiva forte devido a atuação do JBN, o ar quente e úmido da Amazônia. O sistema a princípio tem as características subtropicais. Os modelos ECMWF, GFS e ICON sugerem “novos temporais” entre os estados do sudeste, entre o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, no Espírito Santo e sul da Bahia. Este evento meteorológico ainda poderá causar tempo severo nas próximas 72 horas.

Os modelos indicam chuvas moderadas a fortes (ZCAS) entre os estados do centro-sul até o fim de semana, domingo. São esperadas pancadas de chuvas intensas, trovoadas, queda de granizo, principalmente entre os estados de GO, DF, no RJ (região dos lagos, serrana, norte e noroeste fluminense), MG (sul do estado, Juiz de Fora, Lagoa Santa, Ubá, Pirapitinga e zona da mata mineira), ES (sul do estado a Vila Velha) e BA.

Existe algumas projeções dos modelos ECMWF de última geração, neste sábado, dia 09/11, devido a atuação da ZCAS e do ciclone com 995 hectopascal (hPa) nas imediações do Oceano Atlântico Sul, afastado do continente. Estão previstos em alguns nos modelos para TEMPESTADES VESPERTINAS nos estados de GO, DF, MG, RJ, ES e BA possibilidade de chuvas moderadas a fortes (100 mm/24h), linhas de instabilidades (LI), acompanhadas de descargas elétricas, vendavais e queda de granizo no final da tarde. Será necessário acompanhar o sistema de baixa pressão na BA.

MODELO DE FASE GFS PARA SUBTROPICAL

Seguiremos os modelos da NOAA e britânicos para baixas pressões e cavado. Acreditamos que este posicionamento pode gerar alguns conflitos de opiniões sobre as condições atmosféricas nos próximos dias. Atentem a tomar todas as medidas de segurança e prevenção para evitar transtornos. Nota-se perturbações na troposfera média, que deverá resultar em pancadas de chuvas localmente fortes, acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento de até 100 km/h e queda de granizo. Lembrando que linhas de instabilidades (LI) e SCM (Sistema Convectivo Mesoescala) podem ocasionar, nos casos mais severos, transtornos.

Nos últimos dias, o Hurricane Rafael major 2, agora tempestade tropical contribui na formação de nuvens do tipo Cumulonimbus no interior do país. Modelo sinótico PCCD da NOAA para anomalias 09/11.

Notamos uma ligeira queda nas temperaturas nas últimas 48 horas devido à atuação do ramo polar estacionário com 1019 hectopascal (hPa) e bloqueado sobre os estados do sudeste e influência da ZCAS, a Zona de Convergência do Atlântico Sul. O ciclone de características subtropicais ainda está nas imediações do Oceano do Atlântico Sul, no domingo se torna extratropical. O escoamento da ZCAS,  persistirá por mais dois dias. ATENÇÃO, novo cavado de superfície com 1007/1009 hectopascal (hPa) acoplado a frente estacionária subtropical poderá causar transtornos entre os estados do ES e da BA. Ressaltamos que o sistema de baixa pressão, não se desenvolverá como tropical. Mesmo assim, devem seguir as recomendações dos órgãos devido aos acumulados de chuvas persistentes e possíveis transtornos às populações nas áreas de risco. Alertamos para TEMPESTADES VESPERTINAS sobre parte dos estados do sudeste e do nordeste. As condições atmosféricas serão de tempo severo para as próximas 48 horas devido a “atividade convectiva”, o ar quente e úmido da Amazônia.

ATENÇÃO, MANUTENÇÃO DE VENTOS COSTEIROS

ACUMULADOS DE CHUVAS, riscos potenciais:
Chuva entre 50 a 100 mm/h ou 100 a 200 mm/dia. Risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamentos de rios em cidades com áreas de risco.

Instruções:
Evite enfrentar o mau tempo.
Observe alteração nas encostas.
Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Em caso de situação de inundação, ou similar, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos.

TEMPO SEVERO, riscos potenciais para tornados:
Chuva entre 100 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (a partir 117 Km/h), e queda de granizo. Risco para destelhamentos de casas, queda de árvores, postes quebrados e alagamentos.

Instruções:
– Em caso de rajadas de vento: não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.
– Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

======= PROJEÇÕES FUTURAS ======

ATENÇÃO, CICLONE NA PRÓXIMA SEMANA!

Alertamos dos riscos de eventuais rajadas de ventos acima (100/120 km/h) e ressaca pelo oceano entre os dias (13 a 17/11). Uma nova alta pressão muito fria, massa polar se deslocará da Argentina em direção ao sul e sudeste do Brasil. Segundo a projeção de anomalia em 850 (hPa) observamos modificações nos modelos de anomalias positivas e negativas e deverão seguir a tendência. Na região sul e sudeste do Brasil, a ZCAS voltará a ganhar força contribuindo para grandes volumes precipitáveis. O escoamento da ZCAS voltará a se acoplar no Oceano Atlântico Sul, devido a intensidade deste ciclone nos próximos dias. Uma nova alta pressão muito fria provocará queda nas temperaturas de maneira abruptamente em plena primavera.

Relembrando fatos:
Em 28 de Junho de 2021, formou a tempestade subtropical Raoni (Invest N1) nomeada pelos órgãos brasileiros e reclassificada pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), como ciclone tropical, primeiro estágio de furacão na época, pois o sistema tinha um olho.

Entre os dias 04 a 06 de Fevereiro de 2021, os órgãos haviam declarado entre a Argentina, o Uruguai e sul do Brasil, seriam afetados por um ciclone classificado como bomba. Este ciclone destelhou cerca de 20 mil casas entre o Paraná e o Rio Grande do Sul causando prejuízos às populações. Na época a NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) reclassificou como tempestade tropical 01Q.

Em 15 de maio de 2022, formou-se a tempestade subtropical Yakecan nomeada pelos órgãos brasileiros entre a faixa litorânea da Argentina, do Uruguai e do sul do Brasil.

Em 19 de março de 2023, carnaval, formou um poderoso ciclone extratropical de seclusão quente, denominado shapiro-keyser, causando muitas vítimas e destruição entre o litoral de São Sebastião e Ubatuba, São Paulo.

Ressalto, estamos em uma nova transição de ventos atmosféricos, e subsequentemente, de anomalias e temperaturas de superfície do mar (TSM) entre a Argentina e o Uruguai. Será que está vindo El Niño?

Todos os direitos reservados à página Caçadores de Tempestades – Jornalismo Científico. Proibido qualquer reprodução segundo a (Lei n° 9.610) dos Direitos Autorais. Fonte de pesquisa NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), GFS, ICON, CMC, ECMWF, INPE, INMET, marinha do Brasil, sigma e GOES16-XXX!